terça-feira, 31 de outubro de 2017

Sete Sentidos - Festa do Teatro e da Música nos primeiros dois fins de semana de novembro

O Pateo das Galinhas defende a interação das diferentes formas artísticas, pretendendo convocar outros universos culturais, de forma a alargar o seu espaço de intervenção. 
Porque o teatro não é um novelo enrolado para dentro, porque vive numa relação simbiótica com as outras manifestações artísticas, porque nele tudo cabe, torna-se inevitável a festa dialógica entre ele e as artes que o acompanham. 
Teatro e Literatura, Teatro e Música, Teatro e Cinema, Teatro e Artes Plásticas, Teatro e Dança, Teatro e Fotografia, Teatro e Arquitetura são algumas das propostas para integrar um evento cultural anual, promotor de um encontro artístico caracterizado pela convivialidade comunicativa. 
Com base nestes pressupostos, o Pateo decidiu organizar um Festival anual designado por Sete Sentidos. A 1.ª edição decorreu no ano 2016, com o subtítulo de “Festa do Teatro e da Literatura”. No presente ano, o Pateo encontra-se a organizar a 2.ª edição que vai ter lugar no mês de novembro, com o subtítulo “Festa do Teatro e da Música”. Pretende-se, nesta edição, criar um programa em que as peças teatrais e outros eventos culturais aliem as duas manifestações artísticas envolvidas. 
A música confere ritmo ao movimento, oferece amplitude e leveza ao corpo. O ator é, antes de tudo, corpo. Corpo-nu, corpo-gesto, corpo-fala, corpo-música, corpo-silêncio. Silêncio quando a música se perde a pensar… 
O teatro é vibração, variação, seja um solo, um dueto, um quarteto, um quinteto ou uma orquestra. 
O teatro é sempre música: musicalidade das palavras, musicalização dos atores através da voz e/ou da postura física, música-ambiente, música-ilustração, música-sugestão, música-desconcerto. 
Os principais objetivos do Sete Sentidos – Festa do Teatro e da Música, nesta sua segunda edição, são os seguintes:
Criar sinergias com a autarquia e outras instituições no fomento da dinamização da Figueira da Foz como um espaço cultural, atuando como polo difusor de cultura; Colocar a Figueira da Foz nos círculos teatrais do país ao nível associativo; Apresentar uma oferta cultural diversificada ao nível teatral de cariz associativo; Fazer do evento uma grande festa do teatro e de outras manifestações artísticas, assim como dos seus agentes; Contribuir para a criação de novos públicos; Dar a conhecer novos grupos de teatro a diferentes públicos; Promover a interação entre o teatro e outros territórios artísticos; Rasgar os patamares cristalizados da forma e da matéria do “dramático”. 
No final de todos os espetáculos de teatro, tal como aconteceu na primeira edição, realizar-se-á “Nos bastidores”, conversa informal entre os intervenientes e o público. Convicto da necessidade de partilha cultural, o Pateo das Galinhas propõe uma partitura que aproxime o ator, o espetador, o músico e o encenador, como num teatro de câmara. 
A arte teatral alimenta-se também de sensibilidade musical. Como diz o poeta José Gomes Ferreira, “Mas é do destino / de quem ama / ouvir um violino / até na lama.”

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