quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Maiorca = Festas do Divino Senhor da Paciência 2016

A devoção do Divino Senhor da Paciência por parte dos habitantes de Maiorca teve origem no século XVII. A imagem do Senhor da Paciência começou por ser colocada num nicho por uma devota mulher de nome Mariana Monteiro. A capela nas Cruzes, em sua honra, só começou a ser construída em 1707 com esmolas do povo, em 1712 era administrada pelo pároco e em 1723 era considerada uma das dez ermidas da Igreja de S. Salvador de Maiorca que era um vigaria, e em 1825 a capela sofreu obras de remodelação cuja configuração ainda hoje se conserva. O átrio exterior foi alvo de obras de ampliação e de arranjo urbanístico em 2010, tendo sido concluídas este ano as obras de restauro e conservação do altar-mor, das imagens e das pinturas laterais. 
Esta festividade tem a particularidade se ser exclusivamente religiosa, sem foguetes e sem componente profana, e as suas três procissões noturnas atraem todos os anos milhares de devotos que aqui pagam as suas promessas, alguns indo de rastos e de joelhos, e dezenas de crianças vão trajadas de várias figuras religiosas. As próprias composições musicais que a Banda de Maiorca executa só são tocadas por ocasião das Festividades do Senhor da Paciência cuja denominação é “Os Passos do Senhor da Paciência”.
O programa é constituído pelas seguintes iniciativas nos próximos dois fins de semana: 
Dia 19 de novembro 18h30: Missa na Igreja Matriz; 19h00: Procissão da Igreja Matriz para a Capela do Senhor da Paciência; 19h30: Procissão da Capela, com a imagem do Senhor da Paciência, para a Igreja Matriz. 
Dia 20 de novembro 09h00: Arruada pela freguesia da Filarmónica Maiorquense; 16h00: Missa na Igreja Matriz acompanhada pela Banda da Associação Musical União Filarmónica Maiorquense; 17h30: Procissão do Senhor da Paciência, acompanhada pela Banda Filarmónica Maiorquense, com quatro paragens para serem cantados os Passos do Senhor. 
Dia 27 de novembro 16h00 horas: Missa acompanhada pelo Grupo Coral, seguida de Procissão com a Imagem do Senhor da Paciência da Igreja Matriz para a sua capela, uma romaria que é feita com os semblantes escondidos na escuridão, iluminados apenas pelas velas que os fiéis levam na mão. O silêncio que caracterizam as procissões é ensurdecido, ouvem–se apenas os gemidos da dor dos devotos que pagam as suas promessas de joelhos ou de rastos.

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